segunda-feira, 18 de maio de 2009

Livros que abordam o tema






Introdução ao Documentário Brasileiro (Amir Labaki; 123 páginas- Editora Francis) : Neste breve volume, o crítico de cinema e fundador do Festival de Documentários É Tudo Verdade, Amir Labaki, sintetiza a curva geral de evolução da produção de documentários no Brasil, cobrindo 110 anos de história. Sem pretensão de esgotar o assunto, este livro representa um dos caminhos possíveis para sumarizar uma trajetória rica e complexa, que vive atualmente um de seus capítulos mais vigorosos. O livro é dividido em quatro capítulos e traz ao final uma videografia, com uma lista de 50 filmes comentados, selecionada a partir dos títulos disponíveis em locadoras e no mercado brasileiro de vídeo doméstico, em VHS ou DVD.

Mas Afinal, o que é Mesmo Documentário? (Fernao Pessoa Ramos; 448 páginas- Senac Editora): Material de referência para iniciantes e profissionais, este livro, que possui acentuado rigor conceitual, traz informações técnicas, estilísticas e de análises fílmicas acuradas sobre produções documentárias nacionais e estrangeiras, constituindo-se, acima de tudo, em uma leitura prazerosa para todos os interessados em cinema bem-feito.

Documentário No Brasil (Francisco Elinaldo Teixeira; 384 páginas- Summus Editora):
Uma coletânea exclusivamente voltada para um domínio importante na cultura audiovisual contemporânea: o campo do documentário cinematográfico. Trata-se da primeira iniciativa deste gênero no Brasil. Embora com umavasta e rica cinematografia documentária .

(do site: http://www.americanas.com.br/)

Conhecendo a linguagem cinematográfica


Para entendermos o cinema é preciso antes sabermos como ele funciona. Para isso, vou começar explicando como vemos as imagens na tela se movimentarem.
Assim como na fotografia, o cinema "se move" por imagens estáticas, chamadas fotogramas, que corresponde a cada imagem no filme. Sem movimento elas parecem idênticas então, para que elas pareçam estar se movimentando, são usados 24 fotogramas por segundo para que uma pessoa se movimente na tela. Nós vemos a pessoa se mexer porque possuimos resistência retiniana, o que não permite que nosso olho acompanhe a velocidade com que os fotogramas são passados.
Como já foi dito, o cinema começou como algo documental, factual. Só a partir de 1908, quando Hollywood surgiu, é que o cinema passou a estabelecer bases de manifestações artísticas, com estilos e categorias como terror, abstracionismo, naturalismo, passando pelos musicais até os filmes de faroeste, políticos ou de comédia.
Para que o cinema fosse uma manifestação artística, os cineastas e produtores começaram a categorizar a linguagem cinematográfica, dividindo-a em nomes funcionais. Abaixo estão alguns desses nomes, que são usados tanto no cinema com base artística, quanto no cinema factual, documental:

Plano: é o intervalo de tempo entre dois cortes. Acontece quando se está filmando uma imagem entre duas pessoas, ou de um acontecimento na rua, e não se delsliga a câmera até determinado ponto. Quando se faz necessário desligar a câmera e retomar a cena com um corte, até aquele corte o momento é chamado plano.

Tomada: é o registro do plano. A claquete, usada no cinema artístico, auxilia na edição, para que o som esteja em sincronia com a imagem.

Cena: é um conjunto de planos. Geralmente conseguimos identificar a cena quando ela ocorre numa mesma locação ou no caso do documentário, de um mesmo ambiente.

Sequência: conjunto de cenas relacionadas.

No cinema documental essa linguagem existe mas algumas cenas ou planos são alterados pela rapidez com que o fato precisa ser registrado. Na próxima postagem veremos um pouco mais sobre o processo de gravação documental do cinema.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Princípio

Aqui serão abordados temas referentes a documentários, focando principalmente os documentários brasileiros.

A primeira sessão oficial de cinema ocorreu no dia 28 de dezembro de 1895, com um cinematógrafo nos porões do Grand Café, em Paris. Na sessão haviam trinta e três pessoas e os irmãos Lumière passaram em torno de 10 filmes, com cerca de um minuto cada um. Esses filmes retratavam o cotidiano das pessoas, como verdadeiros documentários. O filme/documentário que mais impressionou foi o "A Chegada de um Trem na Estação", onde os espectadores acreditaram estar sendo quase atropelados pelo trem que, em perspectiva, se aproximava da tela em direção às poltronas.Era o início da retratação do cotidiano para o grande público.
John Grierson definiu documentário como "o tratamento criador da realidade" , que representava (?) fielmente o que a lente registrava. Este sempre foi o maior problema do documentário, comprovar sua autenticidade e perceber até onde sua manipulação ou edição altera a qualidade do que esta sendo passado. Podemos acreditar realmente que determinada cena occoreu, mesmo que ela seja baseadas em pequenas gravações feitas por amadores? Transformar um trecho do real em filme ainda torna aquela história fidedigna? Até que ponto o que é gravado pode ser considerado natural , o que podemos levar em consideração e qual a diferença para produções elaboradas e roteiros traçados? O que você acha?